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3.5

3.3

3.2

3.2

2.8

1

2

3

4

5

Alemanha Hungria Polónia Reino Unido Portugal

(ponto médio

da escala)

Maior

eficácia

Menor

eficácia

Para responder a esta pergunta, eram colocadas aos

inquiridos três questões: “

Com que frequência acha

que os tribunais tomam decisões justas e imparciais

com base nas provas de que dispõem?

” (indicador de

perceção de justiça procedimental); “

Tendo em conta

tudo o que é suposto os tribunais fazerem, diria que os

tribunais têm feito um bom ou mau trabalho?

” e

Com que frequência acha que os tribunais fazem

erros que permitem que pessoas culpadas não sejam

condenadas?

” (indicadores de eficácia percebida dos

tribunais).

No caso das perceções sobre a neutralidade dos

tribunais, os resultados obtidos mostram que em todos

os países se verifica uma avaliação positiva do

funcionamento dos tribunais (ver Figura 3).

Relativamente à perceção de eficácia dos tribunais, a

comparação entre países mostra que Portugal

apresenta um valor mais baixo do que os restantes.

Verifica-se, mesmo, que enquanto nos restantes

países analisados a avaliação da eficácia é positiva,

isso não sucede no caso português (ver Figura 4).

Os valores obtidos para estes dois indicadores

fornecem informação importante do ponto de vista da

comparação entre países, mas não permitem

responder à questão que colocámos:

Será que a

confiança na justiça advém de perceções sobre a

justiça procedimental e sobre a eficácia do sistema

jurídico?

Para responder a esta pergunta, testámos uma série de

modelos através de análises estatísticas de regressão

múltipla (ver Quadro 2)

²

. Os resultados mostram um

6.6

6.1

6.1

6.4

5.3

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Alemanha Hungria Polónia Reino Unido Portugal

(ponto médio

da escala)

Sempre

Nunca

Figura 3

PERCEÇÃO DE JUSTIÇA PROCEDIMENTAL DAS

DECISÕES DOSTRIBUNAIS

Figura 4

PERCEÇÃO DE EFICÁCIA DOSTRIBUNAIS

SERÃO AS PERCEÇÕES DE

E A EFICÁCIA PERCE

FUNDAMENTOS

²

O teste de modelos foi feito através de análises de regressão

hierárquica. O modelo final, simplificadamente apresentado no

Quadro 2, explica na Alemanha 29% da variância, no Reino Unido

25% da variância, na Hungria 8% da variância, na Polónia 21% da

variância e em Portugal 24% da variância. A indicação

n.s.

refere

que o impacto dessa variável não foi estatisticamente significativo. O

sinal + indica uma correlação positiva significativa, embora fraca,

entre a respectiva variável e a confiança. Dois e três sinais indicam

correlações positivas significativas mais fortes. O sinal menos indica

uma correlação negativa significativa, embora fraca. Assim, por

exemplo, na Alemanha, quanto menor a idade, maior a educação e

maior o rendimento, menor a confiança na justiça.

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