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Na Figura 8 constata-se que apenas uma pequena minoria de cidadãos (7,3%) está de acordo que o
governo prossiga com políticas com que a maioria da população discorda, enquanto 35,9% da classe
política está disposta a aceitar tal comportamento por parte dos governantes. Ao contrário da Figura
anterior, não há grandes diferenças entre o que se considera ideal para a democracia em geral e o que ocorre
em Portugal, tanto para a classe política como para os cidadãos. A maioria daqueles que selecionaram a
frase tende a considerar que os governos em Portugal mantêm o rumo e que isso é importante para a
democracia em geral. Considerando pois os dois gráficos, observa-se uma clara diferença entre classe
política e cidadãos: os primeiros estão menos convencidos da importância de o governo alterar as políticas
consoante a vontade da maioria e valorizam mais do que os cidadãos a capacidade do governo em manter o
rumo.
Entre a classe política, há também diferenças significativas na questão da responsividade: a grande maioria
dos autarcas (68,5%) considera que as políticas governativas devem ser alteradas consoante a vontade da
maioria, enquanto apenas 39,8% dos deputados concorda com essa afirmação. No seguimento dessa
diferença, os Presidentes de Câmara tendem a considerar que esse facto é mais importante para a
democracia em geral e menos frequente em Portugal do que os deputados.
OGOVERNO DEVE MANTER INALTERADAS AS POLÍTICASQUE PLANEOU
Figura 8
POPULAÇÃO
(ESS6, 2012/13)
CLASSE POLÍTICA
(BQD, 2013)
7,3%
35,9%
PREFERÊNCIA
IMPORTÂNCIA PARA A DEMOCRACIA EM GERAL
que o governo mantenha as políticas inalteradas
(Médias numa escala de
0 - nada importante
a
10 - extremamente importante
)
FREQUÊNCIA COM QUE O GOVERNO EM PORTUGAL
mantenha as políticas inalteradas
(Médias numa escala de
0 - nunca
a
10 - sempre
)
0
10
6,6
0
10
7,1
0
10
5,9
0
10
6,8